VERGONHOSA A FALTA DE ATITUDE DA IGREJA CATÓLICA E DE BENTO XVI.

DER SPIEGEL, APRINCIPAL REVISTA ALEMÃ, QUER A DEMISSÃO DE BENTO XVI.

Eu estudei minha vida inteira em colégios religiosos... católicos principalmente...
Primeiro O E.S.P.C. da irmãs passionistas.
Depois o Arqui dos irmãos maristas.
E finalmente o Mackenzie dos presbiterianos.

Mas eu quero falar aqui é dos católicos.

Eu não tenho bem uma religião, mas se você me perguntar vou dizer sou católica (não praticante, mas eu nunca uso este apêndice).
Eu frequentei a igreja católica desde muito nova. Minha mãe costumava nos levar- eu e meu irmão- à missa toda semana, ou no sábado ou no domingo.
Pra falar a verdade, eu gostava. Eu gostava do ritual, apesar de achar meio demorado e por vezes meio prolixo (eu diria confuso na época).
Foi aí que começamos na escola católica das freiras passionistas e lá além das aulas de religião, que eram uma espécie de catequização, participávamos de várias atividades de cunho religioso, comemorações em dias de santos, coroação de Maria ( eu "coroei" Maria no anfiteatro da escola em frente de todo mundo umas duas vezes) e outros.
O Arquidiocesano dos irmãos maristas já era bem mais laico quanto ao ensino e no lugar de aulas de religião, tínhamos ensino ou convivência religiosa que era um espaço de discussão humanista. Vários adolescentes, especialmente os que faziam Humanas como eu, curtiam.
Eu convivi com inúmeros padres, freiras e irmãos, e o que ficou pra mim de memória desta convivência é a insistência no respeito e no amor ao próximo.
Eu me lembro do padre da igreja onde fiz catequismo que era hilário e ia pro meio da paróquia contar piadas pras crianças no meio da aula de catecismo, o que deixava as carolas que ministravam as aulas de cabelos em pé!
Eu me lembro da irmã Roseli, que foi minha primeira professora, no pré e do amor com que ela nos tratava.
Eu me lembro da irmã Laura, minha professora no primeiro ano que me ensinou a ler e de quem eu ( e os outros alunos) morria de medo porque ela falava duro e fazia pose de brava, mas que eu descobri mais tarde era uma freira divertida e risonha.
Lembro da irmã Maria Sue, japinha também, que sempre conversava comigo e que um dia resolveu contar que as irmãs haviam ido nadar e morreu de rir quando eu com uns 7 ou 8 anos quase caí de costas de surpresa de saber que freiras usavam maiôs ( na minha época elas usavam hábito completo).
Lembro-me bem da irmã Nadir que ficava na porta da escola e que tinha seus dedinhos todos tortinhos de reumatismo, artrite ou artrose e que me ouvia todos os dias perguntar o que havia acontecido com os seus dedos  e que todos os dias me explicava calmamente, sem nunca haver se ofendido por minha curiosidade infantil e minha pouca atenção...
Me lembro da irmã Noêmia, da irmã Aparecida ,da irmã Mercedes a quem eu tinha uma verdadeira adoração e que me exercia um enorme fascínio pois ela era diretora e aos meus olhos tinha uma competência e autoridade que me instigavam ...
Tanta gente que eu amei tanto! E que moldaram em grande parte quem eu sou.

Mas, eu citei toda a minha convivência com religiosos católicos para poder dizer que entre vários padres, freiras e irmãos que eu conheci não consigo imaginar um que possa cometer estes atos medonhos contra crianças...talvez eu tenha dado sorte, ou talvez existam muitas pessoas bem intenciodas na igreja católica.

É OBVIO QUE EU NÃO ESTOU DEFENDENDO NINGUÉM QUE ABUSA DE CRIANÇAS OU DE QUALQUER OUTRA PESSOA, NÃO,  DE MANEIRA ALGUMA.
SE AINDA HOUVESSE A INQUISIÇÃO (DEUS ME PERDOE) EU MANDARIA PRA FOGUEIRA TODOS ESTES PEDÓFILOS SEM PENSAR DUAS VEZES.

O que eu quero dizer é que como em todo agrupamento humano há uma gama infinita de características boas e ruins nas pessoas que conheci.
O interessante é que de toda esta convivência eu guardo lembranças muito, muito carinhosas de freiras que me pegavam pela mão e conversavam carinhosamente comigo sobre as missões que acabavam de finalizar na Amazônia ou na África e de irmãos que queriam melhorar ao máximo a qualidade do ensino e o incetivo aos esportes e à convivência familiar.
O que acontece com toda esta gente?
Eles continuam lá, escondidos atrás de tantas notícias vergonhosas e de gente que não merece nenhum tipo de defesa.
Então porque a Igreja católica não se pronuncia de forma severa e protege a imagem dos bons religiosos?
Por que tanta medo de agir , de mudar, de rever antigos padrões?

O MAIS TRISTE DE TUDO ISSO É A FALTA DE ATITUDE DA IGREJA CATÓLICA, A LENTIDÃO, A CONIVÊNCIA.
ISSO MANCHA A VIDA E A DEDICAÇÃO DOS QUE REALMENTE ACREDITAM NA INSTITUIÇÃO.

Além de ser absurdamente contraditório e vergonhoso, a igreja católica está dando um tiro no pé, ferindo o corpo são da estrutura. Ao enconbrir esses ordinários, ela ofende a cada um dos bons.
Eu não acredito na instituição, eu acredito nas pessoas boas que usam os ensinamentos positivos dentro da doutrina para basear suas vidas de doação; só que estas pessoas acreditam na instituição.
As freiras, os padres, os irmãos acreditam na Igreja Católica como mãe e ela está deixando os bons orfãos para defender quem não merece.

Talvez o problema seja o celibato. Não sei. Não acho que haja justificativa para pedofilia.

Acho que está faltando atitude, punição exemplar, execração pública, CADEIA.

COMO PESSOA COMUM EU ESPERO PUNIÇÃO E ATITUDE!
MAS COMO CATÓLICA EU EXIJO PUNIÇÃO E ATITUDE!

E QUER SABER, EU CONCORDO COM A DER SPIEGEL.